Feedback social- Como as pessoas alteram as funções cerebrais e a idade mais segura parater acesso ao smartphone

O feedback social designa a recompensa e o consequente reforço que advém da aprovação por parte dos seguidores de alguém que insere conteúdos nas redes sociais, muitas das vezes estas recompensas são famosíssimos "gostos" ou "like's".

Esta busca quase insaciável por aprovação poderá prejudicar o desenvolvimento do cérebro, o qual espera ansiosamente por estes reforços.

Este comportamento repetitivo leva a que as regiões neuro cerebrais que constituem o âmago central do cérebro, o sistema límbico, que envolve funções determinantes para a personalidade como as emoções, afetividade, motivação, aprendizagem e memória, se tornem híper estimuladas, orientando crianças e adolescentes para os estímulos recompensadores provenientes dos seus pares.

O feedback social poderá assim originar padrões de comportamento que tenderão à procura pela aprovação social enquanto alavanca para a sua própria autoestima, sendo este um caminho claramente psicopatológico para tal objetivo, podendo originar diversos tipos de doenças graves, como a depressão, automutilação, ataques de pânico, ansiedade generalizada, anorexia, bulimia, entre outros transtornos.

Quando o acesso à Internet e em especial às redes sociais ou videojogos (que por vezes incluem características bastante violentas) em idades precoces, estes estímulos irão influenciar o modo como as estruturas cerebrais da criança e do adolescente se desenvolvem, se o acesso é possibilitado antes do pensamento crítico que denominamos de pensamento formal ser atingido aos 11-12 anos, o qual permite a capacidade de pensar sobre situações hipotéticas e elaborar conceitos abstratos e éticos como a liberdade e a justiça, poderão surgir psicopatologias como as que referimos anteriormente, ou seja, o cérebro antes desta idade não está devidamente "protegido", não podendo dar as melhores respostas a estes estímulos e discernir capazmente o que observa, o que é evidenciado em casos cada vez mais frequentes como o suicídio online e desafios perigosos encontrados nas redes sociais, igualmente capazes de colocarem em risco a própria vida.

Devendo os principais educadores e técnicos de saúde mental estarem cada vez mais atentos para estes riscos, dando o claro alerta quando necessário, de modo a imitar o pedido de ajuda.